terça-feira, 3 de março de 2015

3º ANO - 002 - FILOSOFIA - Filsofia da linguagem.

Filosofia da linguagem

Do que trata?
·         Fenômenos linguísticos.
·         Diferença entre o homem e outros animais: linguagem falada.
·         Questões primordiais:


o   Origem da linguagem;
o   Como o homem aprende a linguagem;
o   Natureza do significado linguístico;
o   Referência utilização da linguagem;
o   Transformações, invenções e adaptações da linguagem;
o   Compreensão da linguagem;
o   Interpretação e tradução
o   Pensamento e linguagem;
Aspectos técnicos/lógicos.
o   Sintaxe – combinações de palavras e frases no discurso.
o   Semântica – significado das palavras e relação entre significantes:frases,
símbolos, frases e sinais que definem a denotação da palavra.
o   Prática da fala – aspectos que pragmáticos do uso.
o   Referência – aspectos subjetivos.

As principais perguntas levantadas pela linguística são:
·         Qual a natureza do significado? O que é o significado?
·         Como um conjunto de frases formam um texto com uma ideia complexa completa, um todo significativo?
·         O que é o significado das "partes" (palavras) das frases?
·         Qual a função teleológica da linguagem?
·         Como a linguagem se relaciona com a mente do falante e do intérprete?
·         Qual a função social da linguagem?
            - Metassemântica: etimologia (origem) e estilística (estético)

·         Como a linguagem se relaciona com o mundo?

Como a linguagem possui múltiplos singificados.(a partir de 3:23)



Reflexão:
Não importa para o filósofo da linguagem o significado de uma palavra isoladamente, ou de uma expressão. A grande questão se encontra em relacionar as palavras em um todos e entender como nesse contexto seu significado muda e se transforma. Ainda mais, como nosso cérebro compreende tais palavras.
                Cada indivíduo, movido por aspectos culturais, morfológicos ou até psicológicos tende a entender a seu próprio modo as expressões faladas. Essa é a grande questão da filosófica da linguagem.
                Os significados podem ter outros significados. Pergunta-se: qual o significado do significado?
                Exemplo:
                Digo “o comunismo vai dominar”.
                O significado: o sistema sócio-econômico-político baseado nas teorias socialistas irá reger a sociedade, o país em que vivemos.
                O significado do significado:    
                Para o burguês: tragédia, fim do capitalismo, fim do meu mundo. (RUIM)
Para o proletário engajado: vitória, finalmente participarei efetivamente da economia e da sociedade. (BOM)
Para o leigo de visão mística: os ateus vão destruir tudo. (RUIM)
O significado da expressão é um só, mas o significado do significado varia.
                Eis que isso suscita outra questão essencial: qual significado é verdadeiro?

                A compreensão dos termos, da relação entre as palavras, do estudo aprofundado das ideias que compõem a sentença levam à significação precisa.




TEÓRICOS:
ESTÓICOS:
                Para eles a linguagem era ferramenta.
                As palavras tinham significado variável.
                O significado mudava de acordo com a utilização.
SÓCRATES:
Através da maiêutica nos leva a investigar sobre o significado "verdadeiro” das palavras e do discurso.

Combate a mentira e a ilusão da linguagem.


A linguagem deveria ser purificada pela crítica e pela razão, chegando à veracidade.


O homem educado, o cidadão, é aquele que encontra o verdadeiros siginficado do discurso e das palavras.



Como sócrates refletia sobre o signficado do significado.(a partir de 51:44)


PLATÃO:           
No diálogo Crátilo - os nomes e as coisas que os mesmos designam.
·         O significado é natural ou convencional?
·         Convenções sociais e culturais são responsáveis pela fixação dos nomes.
·         Problemas na ideia que palavras e fonemas têm significados naturais.
Possibilidade do discurso sobre a falsidade e o não-ser.
·         É fácil explicar como falamos sobre o que é, existe ou acontece.
·         Se o céu está azul, e dizemos "o céu está azul", o que dizemos é verdadeiro, pois se relaciona de maneira adequada com a cor do céu, o estado de coisas.
·         Mas se o céu está azul, e dizemos "o céu não está azul", o que dizemos é falso, e aqui temos um problema, pois o que dizemos não se relacionada a nada.
·         Se não se relaciona a nada, então não se relaciona, pois o nada não é nada (coisa alguma, ou, mais adequadamente em filosofia, ente físico ou ideia alguma), e não pode ser o elemento de uma relação.
·         No entanto, falamos muitas coisas que não são, ou são falsas. Isso porque as frases são complexas, ao contrário dos nomes, os quais são simples.
·         Um nome designa a coisa que designa se a coisa existe, ou não designa nada se a coisa não existe.
A frase não nomeia coisa alguma. Nela se atribui um predicado a um sujeito gramatical, e é nessa atribuição que há espaço para que se diga, de uma coisa, algo que não cabe a ela. Eis onde nasce a possibilidade do discurso sobre a falsidade e o não-ser.(sofismo)

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