Os pré-socráticos são filósofos da Grécia Antiga que antecederam
a Sócrates.
"Com o processo de contestação dos mitos nasce a busca por uma explicação racional da realidade. Os mitos tratavam de inúmeros assuntos, mas um dos principais temas das mitologias, e talvez a base de todos os mitos, seja a origem do universo. Ora, se agora o mitos perdem sua credibilidade a grande luta dos pensadores do século V a.C. era dar uma origem racional ao universo. Estudavam portanto a physis, a natureza. Essa natureza possui dois significados: um o tácito, a natureza em que vivemos, o planeta, mas o outro é o de naturalidade, o que é nato, ou seja, como tudo nasceu." J.J.
Tópicos sobre o pensamento dos fisiólogos:
"Com o processo de contestação dos mitos nasce a busca por uma explicação racional da realidade. Os mitos tratavam de inúmeros assuntos, mas um dos principais temas das mitologias, e talvez a base de todos os mitos, seja a origem do universo. Ora, se agora o mitos perdem sua credibilidade a grande luta dos pensadores do século V a.C. era dar uma origem racional ao universo. Estudavam portanto a physis, a natureza. Essa natureza possui dois significados: um o tácito, a natureza em que vivemos, o planeta, mas o outro é o de naturalidade, o que é nato, ou seja, como tudo nasceu." J.J.
Tópicos sobre o pensamento dos fisiólogos:
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Buscavam explicar a origem do universo.
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Filósofos da physis (natureza – a realidade
primeira e originária)
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Buscavam a origem do universo.
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O problema cosmológico, ou cosmo-ontológico.
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Buscavam o princípio (ou arché) das coisas.
O pensamento dos pré-socráticos também são chamados de
fisiologia devido ao fato de especularem sobre a physis, a origem do universo, a natureza de tudo.
ESCOLA JÔNICA
Tales de Mileto: (623 a.C. ou 624 a.C. a 546 a.C. ou 548 a.C.)
Para Tales de Mileto a origem de todas as coisas, ou a arché, era a água. Tudo teria se originado a partir do elemento água.
Suas conclusões resultam de observações feitas em suas viagens ao oriente e da reflexão a partir de conhecimentos mitológicos egípcios e fenícios.
Seu pensamento matemático é pioneiro, sendo ele quem teria medido a altura da pirâmide de Quéops utilizando seu teorema.
O pensamento de Tales lança uma semente de razão na cosmogonia, dando aos pensadores um ponto de partida objetivo e empírico para se pensar a origem de tudo. De certa forma ele galga êxito, uma vez que interpretar a vida a partir da água é muito mais prático do que crer em forças não tangíveis que para as quais a única ação que se pode ter é orar e oferecer sacrifícios.
Tópicos sobre o pensamento de Tales:
• A água é a origem da natureza.
• Tudo evolui a partir da água.
• Rejeitou a visão religiosa de sua época.
• Adota uma base empírica e material como ponto de partida – água.
ESCOLA JÔNICA
Tales de Mileto: (623 a.C. ou 624 a.C. a 546 a.C. ou 548 a.C.)
Para Tales de Mileto a origem de todas as coisas, ou a arché, era a água. Tudo teria se originado a partir do elemento água.
Suas conclusões resultam de observações feitas em suas viagens ao oriente e da reflexão a partir de conhecimentos mitológicos egípcios e fenícios.
Rio Nilo.
Seu pensamento matemático é pioneiro, sendo ele quem teria medido a altura da pirâmide de Quéops utilizando seu teorema.
O pensamento de Tales lança uma semente de razão na cosmogonia, dando aos pensadores um ponto de partida objetivo e empírico para se pensar a origem de tudo. De certa forma ele galga êxito, uma vez que interpretar a vida a partir da água é muito mais prático do que crer em forças não tangíveis que para as quais a única ação que se pode ter é orar e oferecer sacrifícios.
Tópicos sobre o pensamento de Tales:
• A água é a origem da natureza.
• Tudo evolui a partir da água.
• Rejeitou a visão religiosa de sua época.
• Adota uma base empírica e material como ponto de partida – água.
Anaximandro de Mileto: ( 610 — 547 a.C.)
Contrariando seu predecessor, Anaximandro abandona um conceito empírico e material de origem para algo que considerava mais completo, o apeiron.
Para ele, essa força imaterial, porém racional, seria a origem de todos os elementos. Uma força invisível que movia todo o cosmo e seria a origem do próprio.
Essa solução segundo ele se fez necessária porque algo tangível como a água não poderia dar origem a tudo, ao sol e às estrelas. Somente uma energia superior seria a razão de tudo. O apeiron permearia toda a existência.
Essa questão só nos é importante para refletirmos sobre a maneira como o pensamento se estrutura. O pensamento de Anaximandro é um passo em direção a uma concepção idealista. Há claro um conflito em sua ideia, pois o aperion não era um conceito racional e tampouco empírico. Ele é praticamente um conceito mítico.
Algo que é esquecido é que sua concepção de universo é o ponto de partida para o modelo aristotélico que vigora até a modernidade e o renascimento. Nesse modelo a Terra seria um cilindro cercado de água e em torno dela um anel opaco com furos por onde um fogo brilhava fazedo assim o Sol, a Lua e as estrelas.
Tópicos sobre o pensamento de Anaximandro:
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A arché seria o apeiron.
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Sua arché não é material como a água e não
mítico como um Deus.
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O apeiron seria uma força racional, explicável,
que teria dado origem a tudo.
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Essa concepção está entre o materialismo e o
mítico.
Anaxímenes de Milet: (588 - 524 a.C.)
Anaxímenes se intriga com as considerações de Anaximandro e busca observar a natureza para comprová-las. Sua primeira conclusão é que o apeiron seria um retrocesso ao mito, uma vez que não existe absolutamente nada que possa ser tal arché. Suas observações entretanto levam o pensador a efetuar verdadeiros feitos para a época, negando a teoria de Anaximandro descobre a luz da lua vinha do sol e que este não era o brilho de um fogo mas sim um corpo celeste. Consegue mensurar distâncias entre a lua e a Terra bem com seu tamanho.
O resultado de suas observações é que a arché é o Ar. Considera que o fenômeno de evaporação e condensação provavam que o ar produzia tudo e que o universo era repleto dele, sendo pelo calor desse ar que chegava a energia solar.
O importante desse pensamento é reconsiderar o agora posto conflito entre o materialismo e misticismo. O ar não seria tão material quanto a água e nem abstrato como o apeiron. É um movimento importante no pensamento pois reconsidera a necessidade de se ter um pensamento racional baseado em algo tangível.
Tópicos sobre o pensamento de Anaximandro:
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Arché – água.
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Retorno ao empirismo de Tales.
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Busca por uma base mais tangível para a
consomgonia.
Xenófanes de Cólofon: (570 a.C. — 475 a.C.)
Grande apreciador de mitologia Xenófanes é um dos primeiros a investigar os fósseis. Parte daí seu pensamento que tudo que existe vinha do interior da terra e para ela voltava. Sua arché era também o fim. A terra provia tudo o que existia, tudo a continha e ela absorvia tudo. Seu pensamento não é importante por considerar a terra como origem. Aliás, seu pensamento nem se atém muito a esta questão. A importância de suas ideias é que Xenófanes ao criticar a religião e ver na terra a origem e o ocaso de tudo ele destrói o conceito de origem absoluta de tudo, ou seja, não acredita em uma origem única para tudo. Para ele a vida estava em tudo, pois tudo vinha da terra e para ela retornava. Seu pensamento religioso é panteísta, ou seja, via Deus em tudo. Isso é importante pois leva o pensamento a uma dimensão mais livre e crítica, não mais presa a uma origem inegável e determinante.
Tópicos sobre o pensamento de Xenófanes:
• Arché – terra.
• Tudo vem da terra e para ela tudo retorna.
• Tudo tem a força de origem, ou Deus.
• Pensamento panteísta livre de elementos únicos e determinantes.
• Leva o pensamento a uma dimensão mais livre de conceitos únicos.
Pitágoras de Samos: (571 a.C. e
570 a.C.)
Pitágoras irá se deparar com as
questões em debate sobre os quatro elementos e a busca pela arché. Como se
fosse um revisionista, um pensador que irá condensar os quatro que já
trabalhamos, ele irá criar uma teoria que rompe com as noções predecessoras.
Parte de uma ideia que parece ter ficado de lato com Tales, a matemática, e
caminha com o conceito panteísta e indeterminado de Xenófanes. Para ele não é
um ou outro elemento que dá a origem a tudo, mas a quantidade e a combinação.
Xenófanes havia falado do um, o princípio. Pitágoras dá um passo brilhantemente
decisivo em direção à razão e à filosofia de fato. Para ele era o número o
princípio cósmico. Os números, quantidades, ordem, direção, dimensão é que
determinavam a realidade. Seus números eram símbolos geométricos. A geometria
também determinará seus conceitos de moral e ética. Sendo a retidão, a
unicidade, o ímpar tidos como o bom, o correto e o justo. A dubiedade, a
duplicidade, a curva a quebra na linha sinônimos de falta de caráter,
incoerência, inverdade.
Tópicos sobre o pensamento de
Pitágoras:
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Os números são a razão e a origem do universo.
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Conceitos mais racionais.
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Parte para um pensamento mais ideológico e menos
materialista.
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Abandona definitivamente o pensamento preso a
matéria e a natureza.
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