domingo, 9 de março de 2014

SOCIOLOGIA - Instituições sociais: Família.

         Segundo Émile Durkheim a sociedade se organiza com base nas instituições sociais.

        A instituição social primordial, a primeira a se organizar, e da qual derivam todas as outras, é a família.



O termo Famlíia deriva de três termos do latim:

Famulus = que serve, lugar em função de

Faama = casa

Latim famulo = do verbo facere, a indicar que faz, que serve.

A famlíia representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A famlíia é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.

TIPOS DE FAMLIA:
A estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente aprovada.

A famlíia passa a existir a partir do momento em que há a união entre dois indivíduos. Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa famlíia, LÉVI-STRAUSS se refere a três tipos de relação:

De aliança (casal), a de filiação (pais e filhos) e a de consanguinidade (irmãos). É nesta relação de parentesco, de pessoas que se vinculam pelo casamento ou por uniões sexuais, que se geram os filhos.

Famlíias que se resumem no núcleo são cada dia mais comuns. Dados socioeconômicos indicam que com o avanço do capitalismo cada vez mais casais optam por não terem filhos.

        Entretanto, o estudo da famlíia é essencial no que tange a formação de novos cidadãos.

SOCIALIZAO DA CRIANÇA: atividades contribuintes para o desenvolvimento das capacidades mentais e sociais da criança. Nesse sentido há a implicação da ação dos pais sobre a criança. São portanto papéis dos pais:

         Cuidados às crianas - tanto físicos como emocionais, perspectivando o seu desenvolvimento saudável.

         Papel de suporte familiar - que inclui a produção e/ ou obtenção de bens e serviços necessários à famlíia.

         Papel de encarregados dos assuntos domésticos - onde estão incluídos os serviços domésticos, que visam o prazer e o conforto dos membros da família.

         Papel de manutenção das relações familiares - relacionando com a manutenção do contato com parentes e implicando a ajuda em situações de crise.

         Papéis sexuais - relacionado com as relações sexuais entre ambos os parceiros.

         Papel terapêutico - que implica a ajuda e apoio emocional  dos problemas familiares.

         Papel recreativo - relacionado com o proporcionar divertimentos à  famlíia, visando o relaxamento e desenvolvimento pessoal.

Há também os papéis dos irmãos que são promotores e receptores, em simultâneo, do processo de socialização na famlíia, ajudando a estabelecer e manter as normas, promovendo o desenvolvimento da cultura familiar.

ESTRUTURAS FAMILIARES:

NUCLEAR OU CONJUGAL:  consiste em duas pessoas adultas (tradicionalmente uma mulher e um homem) que são os chefes, ou indivíduos que deram origem a famlíia, são o núcleo. Em torno, e dependentes do núcleo há os seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário.

MONOPARENTAL:  tem apenas um indivíduo no núcleo. É uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou abandono de crianças por uma só pessoa.

AMPLIADA, ALARGADA OU EXTENSA: também dita consanguínea é uma estrutura mais ampla, que consiste na famlíia nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos, tios e sobrinhos.

FAMÍLIAS ALTERNATIVAS:

 Dentro desses modelos há o advento de configurações que contrastam com os conceitos tradicionalistas.

Famlíias comunitárias, famlíia substituta e a famlíia LGBT - lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros - e os seus filhos.

                FAMÍLIA LGBT: do ponto de vista científico não diferem da família nuclear, monoparental ou alongada. Sua única característica é a dificuldade de aceitação desse modelo por parte da sociedade tradicional.

FAMÍLIAS COMUNITÁRIAS: ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianas se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais  é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.

FAMILIA SUBSTITUTA : aquela nascida dos institutos jurídicos da guarda, tutela e adoção. É uma situação excepcional, podendo ser a adoção, que é definitiva ou guarda e tutela que são transitórias.

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