segunda-feira, 31 de março de 2014

SOCIOLOGIA – Instituições sociais:Escola.

Educação materializada: indagações iniciais - Andréa Pires Rocha
       O homem é sujeito em meio a relações dialéticas e históricas, as quais envolvem questões políticas, econômicas, sociais e culturais. Com o progresso da humanidade, acumula-se a prática sócio-histórica, possibilitando o crescimento do papel específico da educação, tornando a tarefa desta cada vez mais complexa “[...].
Otaíza Romanelli (2002) chega a afirmar que a escola surge como instrumento para a manutenção dos desníveis sociais. Salienta que a função desta foi a de manter privilégios, pois a própria instituição se apresenta como privilégio da classe dominante a partir do momento que se utiliza de mecanismos seletivos e de conteúdo cultural que não propicia às camadas sociais, ao menos, uma preparação eficaz para o trabalho. Portanto, educação para exploradores e explorados acontece de forma diferenciada, propiciando a manutenção de tal divisão.
               
PRÉ-HISTÓRIA: aprendizagem mútua.
·         não existiam instituições educacionais.
·         o processo educativo tinha como instrumento a transmissão entre os membros do grupo.
·         os objetivos da educação são resultados da estrutura homogênea do ambiente social.
·         acontecendo de forma igualitária para todos os membros.

ANTIGÜIDADE: transferência de pais para filhos.
·         [...] com o desaparecimento dos interesses comuns a todos os membros iguais de um grupo e sua substituição por interesses distintos, pouco a pouco antagônicos, o processo educativo, que até então era único, sofreu uma partição: a desigualdade econômica entre os “organizadores” – cada vez mais exploradores – e os “executores” – cada vez mais explorados – trouxe, necessariamente, a desigualdade das educações respectivas (PONCE, 1986, p. 25).
·         nas cortes dos estados da Mesopotâmia e vale do rio Nilo que nasce a escola como local para educação dos jovens.
·         Na Grécia e Roma antigas desenvolve-se partindo de instituições de educação no interior da família.
·         manutenção da educação imposta pelas classes dominantes
·         cumprimento de três finalidades essenciais:
o   a destruição dos vestígios da tradição inimiga;
o   consolidação da classe dominante;
o   prevenir uma possível rebelião das classes dominadas.
·         tais finalidades não se modificaram com o avanço da sociedade embora tenham adquirido características diferentes.
·         Conforme Pires (2003, p. 46-47), na sociedade dividida em classes, a educação é utilizada para formar o “[...] homem limitado e cerceado em suas possibilidades de enriquecimento: para o fortalecimento do homem unilateral” Afirma ainda que, tal direcionamento perpassa a escola, pois “[...] Tanto na escola como na vida, a educação burguesa é um instrumento de dominação de classe, tendo seu poder localizado sobretudo na capacidade de reprodução [...] adequadas à reprodução dos interesses e do poder burguês” (PIRES, 2003, p. 47).
·         As escolas destinadas às classes dominantes são estratificadas:
o   Escolas para líderes políticos.
o   Escolas de pensadores.
o   Escolas para estrategos militares.
o   Escolas para grandes produtores rurais.

IDADE MÉDIA: as classes “abastadas” pagavam mestres particulares para suas crianças.
·         período de desintegração e de reconstrução.
·         novos protagonistas em meio das relações sociais.
·         A Igreja catequiza a cristandade.
·         Um “livre” acesso ao saber.
·         Um saber delimitado pela fé.
·         Limitado para a maioria.
·         Aprofundado para a elite.
·         Aprofundamento controlado pelos dogmas.

MODERNIDADE: século XVIII nascem as primeiras escolas públicas estatais.
·         na transição da Idade Média para Moderna que se passou a questionar a vinculação entre ciência e religião.
·         quatro períodos:
o   Renascimento: resgate de conteúdos antigos.
o   Racionalismo: elitização intelectual.
o   Empirismo: contestação da elitização.
o   Iluminismo: início da democratização do ensino.
§  Inicia-se com a Reforma.
§  Educação do fiel, do crente.
§  Orientação mais secular e nacional.
§  Nasce a educação pública;
§  Final do S. XVII se inicia a secularização.
§  Mantida pelo Estado.
·         caráter disciplinar e autoritário, tem como principal objetivo a formação do súdito, em especial do militar e do funcionário.


CONTEMPORANEIDADE: laicização, democratização.
·         Revolução Francesa, 1789, união do povo francês sob a liderança da burguesia.
·         nascem as primeiras reivindicações de direitos: o direito à escola pública como responsabilidade do Estado.
·         Primeiros planos de instituição de escolas foram pensados em 1763, visando a formação da inteligência por meio do ensino da história e das ciências naturais.
o   Não visava atingir toda população, sendo, inclusive contrária a educação propiciada aos trabalhadores, desenvolvida por “irmãos das escolas cristãs”.
·         Influencia das Revoluções burguesas; democracia, indústria, nacionalismo.
·         A educação, ou instrução, se torna NECESSIDADE UNIVERSAL.
o   Para formar cidadãos.
o   Controlar as ideias.
o   Manter a ordem social.
o   Formar mão de obra e soldados.
o    
·         LIBERALISMO E SOCIALISMO:
o   Laicização.
o   Apropriação das instituições públicas pela burguesia.
o   Advento das escolas particulares (grande reivindicação da elite brasileira).
§  Relega-se à escola pública uma baixa instrução – proletariado.
§  Garante-se a educação elitizada e exclusiva nos colégios particulares.
§  Criam-se instrumentos de seleção para as universidades.
§  Exclusivismo censitário do ensino superior.

ESCOLA E SOCIEDADE:
·         Espelho da sociedade.
·         Continuação da vida familiar.
·         Conflito ideológicos e comportamentais.
·         Choque com tendências culturais e novas tecnologias.
·         Desvio do propósito clássico aristotélico: preparar as novas gerações para darem continuidade à sociedade vigente.
·         Transformada em nicho de mercado, legal e ilegal: uniformes, materiais, moda, drogas.
A escola é o embrião da sociedade.
Sociedades com boas escolas são bem sucedidas, organizadas, desenvolvidas.

Sociedades com escolas ruins refletem este modelo em problemas organizacionais, atraso tecnológico, subdesenvolvimento, desorganização, violência.

FILOSOFIA: Ética; Período medieval e renascentista.

Tomas de Aquino – lei.
§Influencia de Platão.
§Ser ético é agir segundo a fé.
§Negação das paixões e ideais mundanos.


§Submissão aos dogmas da igreja.

§O ético é divino, o mundano é antiético.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Jogo matemático (cuidado, é muito legal)



É só mover o cursor e ir somando os número iguais até atingir a impossível soma de 2048.

É muito instrutivo pois fomenta o raciocínio matemático. 

Abaixo uma foto do meu navegador com o meu recorde, ce topa?


SOCIOLOGIA – Instituições sociais: Igreja.

                RELIGIÃO:
·     Desde o fim da pré-história e dos primeiros Estados antigos é o principal instrumento de controle social.
·         cria verdades, regras e ordem social.
·         Os mitos de origem estabelecem hierarquias sociais e normas de condutas.
IGREJA:
·         Durkheim:
o   "uma religião é um sistema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, interditas, crenças e práticas que unem em uma mesma comunidade moral, chamada igreja, todos aqueles que a ela aderem".
o   a grande característica da religião é o seu poder de unir um determinado grupo social em função de um sistema de crenças comuns.
o   a religião é uma manifestação da própria organização social, pois ela reflete no convívio das pessoas as crenças que elas possuem: nos monoteísmos matar é crime, o homossexualismo é pecado, assim como roubar ou cometer adultério.
o   nas sociedade influenciadas pelas religiões os credos e princípios morais religiosos extrapolaram os limites da crença se transformaram em leis laicas e princípios éticos universais.
o   "os interesses religiosos não passam de forma simbólica de interesses sociais e morais".
·         MAX WEBER:
o   A religião determina comportamentos não só culturais como econômicos.
o   A negação do lucro pela Igreja Católica na Idade Média contrasta na modernidade com a teologia da prosperidade protestante.
o   Regiões protestantes e com grande presença de judeus são mais capitalistamente desenvolvidas que regiões católicas.
o   Os maiores bancos do mundo estão em países de maioria protestante ou judias.
o   Os países católicos não demonstram muito vigor capitalista: atualmente a crise europeia se faz mais intensa em países majoritariamente católicos como Espanha, Portugal e Itália.
·         BERTRAND RUSSEL:
o   “Desde o tempo dos gregos até hoje, a Humanidade, ou pelo menos a parte economicamente mais desenvolvida dela se divide entre devedores e credores; os devedores são contra os juros e os credores são a favor. Quase sempre, os detentores de terras são devedores, enquanto que os comerciantes são credores.
Os filósofos, com poucas excepções, concordam com os interesses financeiros da sua classe. Os filósofos Gregos pertencem à classe dos proprietários de terra ou trabalhavam ao seu serviço. Por isso, eles recusavam os juros.
Os filósofos da Idade Média eram homens da Igreja; o património da Igreja constituia-se sobretudo de terras; eles não viam pois razão para rever as ideias de Aristóteles.
A sua antipatia contra a usura foi ainda reforçada pelo Anti-semitismo, já que o capital fluido (ou seja em dinheiro, facilmente transmissível) estava em grande parte na posse de Judeus...
Com a Reforma Protestante, a situação muda. Muitos dos protestantes mais convictos eram comerciantes, para quem o empréstimo de dinheiro a juros era muito importante... Por isso, os juros foram aceites, primeiro por Calvino e depois por outros protestantes. Finalmente, a Igreja Católica viu-se forçada a seguir o exemplo deles, já que as velhas proibições já não se enquadram no mundo moderno.”
·         KARL MARX:
o   Via a religião como um instrumento de alienação social.
o   Nota que ao longo da história a religião serviu como instrumento de controle populacional.
o   No final do Século XIX nota uma utilização da religião para sacralizar o Estado burguês: a coroa britânica.
o   Atualmente o marxismo vê recursos religiosos sendo utilizados para manipular as massas.

o   Há o socialismo cristão, que une a ideologia cristã a uma visão socialista do mundo.

FILOSOFIA - ÉTICA: Aristóteles.

§Obra: Ética a Nicômaco.

§A ação ética é aquela que leva a felicidade a todos.

§Moral é aquilo que agrada os princípios da maioria.

§O juízo é feito pela sociedade.

§O elevado, os bons, os melhores escolhem o que é melhor para todos.

§Os amorais são os que desconhecem os princípios éticos.

§Os imorais são os que contrariam os princípios éticos.


§Os éticos são os que agem para o bem de todos em detrimento de seus desejos egoístas.

§O padrão de comportamento ético e moral é a cultura grega.

§Outras culturas eram consideradas bárbaras.

domingo, 16 de março de 2014

FILOSOFIA - ÉTICA – Platão:a ética ideal.

§Platão elege um arquétipo ético.
§Há um padrão de conduta.

§Essa conduta ideal é encontrada na especulação do mundo das ideias.

§Só aquele que busca a sabedoria pode ser ético.

§Ser ético é seguir os valores superiores.


§Condena todos os desejos mundanos.

§As sensações são condenadas em nome da razão.

§Alcebíades decai, se entrega na decadente dependência da luxúria.

§Aquele que age contra a ética, que se entrega às paixões é um agente acrático.


domingo, 9 de março de 2014

SOCIOLOGIA - Instituições sociais: Família.

         Segundo Émile Durkheim a sociedade se organiza com base nas instituições sociais.

        A instituição social primordial, a primeira a se organizar, e da qual derivam todas as outras, é a família.



O termo Famlíia deriva de três termos do latim:

Famulus = que serve, lugar em função de

Faama = casa

Latim famulo = do verbo facere, a indicar que faz, que serve.

A famlíia representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A famlíia é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.

TIPOS DE FAMLIA:
A estrutura familiar compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente aprovada.

A famlíia passa a existir a partir do momento em que há a união entre dois indivíduos. Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa famlíia, LÉVI-STRAUSS se refere a três tipos de relação:

De aliança (casal), a de filiação (pais e filhos) e a de consanguinidade (irmãos). É nesta relação de parentesco, de pessoas que se vinculam pelo casamento ou por uniões sexuais, que se geram os filhos.

Famlíias que se resumem no núcleo são cada dia mais comuns. Dados socioeconômicos indicam que com o avanço do capitalismo cada vez mais casais optam por não terem filhos.

        Entretanto, o estudo da famlíia é essencial no que tange a formação de novos cidadãos.

SOCIALIZAO DA CRIANÇA: atividades contribuintes para o desenvolvimento das capacidades mentais e sociais da criança. Nesse sentido há a implicação da ação dos pais sobre a criança. São portanto papéis dos pais:

         Cuidados às crianas - tanto físicos como emocionais, perspectivando o seu desenvolvimento saudável.

         Papel de suporte familiar - que inclui a produção e/ ou obtenção de bens e serviços necessários à famlíia.

         Papel de encarregados dos assuntos domésticos - onde estão incluídos os serviços domésticos, que visam o prazer e o conforto dos membros da família.

         Papel de manutenção das relações familiares - relacionando com a manutenção do contato com parentes e implicando a ajuda em situações de crise.

         Papéis sexuais - relacionado com as relações sexuais entre ambos os parceiros.

         Papel terapêutico - que implica a ajuda e apoio emocional  dos problemas familiares.

         Papel recreativo - relacionado com o proporcionar divertimentos à  famlíia, visando o relaxamento e desenvolvimento pessoal.

Há também os papéis dos irmãos que são promotores e receptores, em simultâneo, do processo de socialização na famlíia, ajudando a estabelecer e manter as normas, promovendo o desenvolvimento da cultura familiar.

ESTRUTURAS FAMILIARES:

NUCLEAR OU CONJUGAL:  consiste em duas pessoas adultas (tradicionalmente uma mulher e um homem) que são os chefes, ou indivíduos que deram origem a famlíia, são o núcleo. Em torno, e dependentes do núcleo há os seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário.

MONOPARENTAL:  tem apenas um indivíduo no núcleo. É uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou abandono de crianças por uma só pessoa.

AMPLIADA, ALARGADA OU EXTENSA: também dita consanguínea é uma estrutura mais ampla, que consiste na famlíia nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos, tios e sobrinhos.

FAMÍLIAS ALTERNATIVAS:

 Dentro desses modelos há o advento de configurações que contrastam com os conceitos tradicionalistas.

Famlíias comunitárias, famlíia substituta e a famlíia LGBT - lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros - e os seus filhos.

                FAMÍLIA LGBT: do ponto de vista científico não diferem da família nuclear, monoparental ou alongada. Sua única característica é a dificuldade de aceitação desse modelo por parte da sociedade tradicional.

FAMÍLIAS COMUNITÁRIAS: ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianas se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais  é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos.

FAMILIA SUBSTITUTA : aquela nascida dos institutos jurídicos da guarda, tutela e adoção. É uma situação excepcional, podendo ser a adoção, que é definitiva ou guarda e tutela que são transitórias.

FILOSOFIA - ÉTICA – Período clássico; Sócrates: a busca da felicindade.

§Sócrates:
§O homem deveria seguir seu ethos.

§Conceber quem ele realmente é.

§Aquele que segue seu ethos pratica o bem.

§Age de acordo com sua verdade.

§Busca do domínio do espírito sobre o corpo.

EXEMPLO:
  O caso de Alcebíades.

Sócrates entenderia a razão de Alcebíades em se entregar à fornicação com suas amantes.

Contedos para a Segunda Progressiva.

Filosofia - tica.
Sociologia - Fernando Henrrique Cardoso.

Agora, para de bobeira e vai estudar.