sexta-feira, 10 de abril de 2015

1º ANO - 006 - Sócrates - Início do período clássico.

        

       Sócrates é citado nas obras de Xenofonte, Aristófanes e Platão, este seu mais importante discípulo, e cuja obra é mais importante.
           Não há obra de Sócrates – estuda-se seu pensamento através das obras de Platão.
     
       Há teorias que apostam na hipótese dele não ter existido, não passar de uma personagem literária.

Contestação aos sofistas

Reage diante da filosofia relativista dos SOFISTAS.

Crítica à transformação da sabedoria em mercadoria.

Na luta contra os sofistas cria a Ética: Sócrates é considerado o pai da filosofia mas principalmente o criador da ética.
Propôs uma norma de conduta que se guiasse pelo bem e pela verdade. Vai contra ao uso da filosofia apenas para vencer um debate ou para seu favorecimento individual.

Mito do oráculo: Sócrates se nega a ser chamado de sábio.

Para contestar os falsos sábios da Grécia, sobretudo os sofistas, cria o método da Maiêutica

Maiêutica:  o parto das ideias.

Funcionava a partir de dois momentos:
·         1º - levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e teorias acerca de algum assunto;
·         2º - conduzia os interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem.

Mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas ideias acerca do tema em discussão, reconhecendo assim a sua ignorância e gerando novas ideias, mais próximas da verdade.

                Outro efeito era provar que ninguém sabia tudo sobre qualquer assunto. A maiêutica leva o questionado a perceber que não é sábio deste ou daquele tema, percebendo que sempre se busca o saber.

                A conclusão de Sócrates foi que ele era sim o mais sábio de todos os homens porque sabia que não sabia: “sei que nada sei”.

                Conceber a própria ignorância é o primeiro passo na busca pela sabedoria.

Sócrates defendia que deve-se sempre dar mais ênfase à procura do que se não sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente.

Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada, dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos de sua época.

Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um sofista.


A sabedoria para Sócrates derivava do Ser, do interior do homem. Daí a frase a ele atribuída, que se encontra no pórtico do templo de Apolo na ilha de Delfos que diz: “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.”.


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