segunda-feira, 27 de abril de 2015

1º ANO - 004 SOCIOLOGIA - Ação cultural - Max Weber.

Na ótica weberiana, a sociologia é essencialmente hermenêutica, ou seja, ela está em busca do significado e dos motivos últimos que os próprios indivíduos atribuem as suas ações: é neste sentido que a sociologia é sempre "compreensiva" (verstehen). O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como propunha Durkheim. A análise weberiana propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas. Cabe a sociologia entender como acontecem e se estabilizam as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social.
Com este pensamento, não possuía a ideia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais globais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua ideia é que a sociedade como totalidade social é o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Tomando como ponto de partida da compreensão da vida social o papel do sujeito, a teoria de Max Weber é denominada individualismo metodológico.
              Max Weber é o sociólogo da ação culturalmente determinada. Ele estudou a ação da religião como condicionante dos comportamentos sociais. Sua obra mais importante é "A ética protestante e o espírito do capitalismo", no qual ele denota como a cultura da teologia da prosperidade fora determinante para a construção da sociedade capitalista norte-americano.


Seu principal conceito de estudo social é o de ação social.

A sociedade se explicaria mediante quatro tipos de ação social:
Ação racional com relação a um objetivo: é uma ação concreta que tem um fim especifico.
É determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos.
Por exemplo: um profissional que cumpre uma meta; um operário que constrói um prédio.
 

 A ação racional com relação a um valor: é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta.

O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor.
Por exemplo: alguém que cumpre uma missão; um soldado em guerra.



A ação afetiva: é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito.
É definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor,
Por exemplo: a manifestação de amor e afeto entre um casa; uma repressão moral dos pais aos filhos.


 

A ação tradicional: é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza.
Para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. É o costume diário, ou familiar.
Por exemplo: a pessoa que vai a missa por conveniência social; o ato de fazer joia com o polegar para cumprimentar, ignorando o seu significado.

Na ótica weberiana, a sociologia é essencialmente hermenêutica, ou seja, ela está em busca do significado e dos motivos últimos que os próprios indivíduos atribuem as suas ações: é neste sentido que a sociologia é sempre "compreensiva" (verstehen). O principal objetivo de Weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a análise das instituições sociais como propunha Durkheim. A análise weberiana propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas. Cabe a sociologia entender como acontecem e se estabilizam as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social.
         Com este pensamento, não possuía a ideia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais globais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua ideia é que a sociedade como totalidade social é o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Tomando como ponto de partida da compreensão da vida social o papel do sujeito, a teoria de Max Weber é denominada individualismo metodológico.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

1º ANO - 006 - Sócrates - Início do período clássico.

        

       Sócrates é citado nas obras de Xenofonte, Aristófanes e Platão, este seu mais importante discípulo, e cuja obra é mais importante.
           Não há obra de Sócrates – estuda-se seu pensamento através das obras de Platão.
     
       Há teorias que apostam na hipótese dele não ter existido, não passar de uma personagem literária.

Contestação aos sofistas

Reage diante da filosofia relativista dos SOFISTAS.

Crítica à transformação da sabedoria em mercadoria.

Na luta contra os sofistas cria a Ética: Sócrates é considerado o pai da filosofia mas principalmente o criador da ética.
Propôs uma norma de conduta que se guiasse pelo bem e pela verdade. Vai contra ao uso da filosofia apenas para vencer um debate ou para seu favorecimento individual.

Mito do oráculo: Sócrates se nega a ser chamado de sábio.

Para contestar os falsos sábios da Grécia, sobretudo os sofistas, cria o método da Maiêutica

Maiêutica:  o parto das ideias.

Funcionava a partir de dois momentos:
·         1º - levava os seus interlocutores a pôr em causa as suas próprias concepções e teorias acerca de algum assunto;
·         2º - conduzia os interlocutores a uma nova perspectiva acerca do tema em abordagem.

Mediante o questionamento dos seus interlocutores, Sócrates levava-os a colocar em causa os seus "preconceitos" acerca de determinado assunto, conduzindo-os a novas ideias acerca do tema em discussão, reconhecendo assim a sua ignorância e gerando novas ideias, mais próximas da verdade.

                Outro efeito era provar que ninguém sabia tudo sobre qualquer assunto. A maiêutica leva o questionado a perceber que não é sábio deste ou daquele tema, percebendo que sempre se busca o saber.

                A conclusão de Sócrates foi que ele era sim o mais sábio de todos os homens porque sabia que não sabia: “sei que nada sei”.

                Conceber a própria ignorância é o primeiro passo na busca pela sabedoria.

Sócrates defendia que deve-se sempre dar mais ênfase à procura do que se não sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente.

Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada, dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens, mulheres e políticos de sua época.

Platão afirma que Sócrates não recebia pagamento por suas aulas. Sua pobreza era prova de que não era um sofista.


A sabedoria para Sócrates derivava do Ser, do interior do homem. Daí a frase a ele atribuída, que se encontra no pórtico do templo de Apolo na ilha de Delfos que diz: “Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.”.


domingo, 5 de abril de 2015

1º ANO - 005 - FILOSOFIA - Sofistas.

Principais pensadores sofistas:

Protágoras (481 a.C.-420 a.C.), Górgias (483 a.C.-376 a.C.), e Isócrates (436 a.C.-338 a.C.)

Sofística: Estratégias de argumentação - técnicas de retórica.

Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.

São conhecidos hoje pelas escritas de seus oponentes (mais especificamente, Platão e Aristóteles) que dificulta formular uma visão completa das convicções dos sofistas.

Romperam com a busca pela “physis” iniciada por Tales de Mileto e finalizada em Demócrito de Abdera. Ou seja, desistiram de buscar a origem de tudo, ou a verdade absoluta.

Base do pensamento dos sofistas: relativização de mundo.


PROTÁGORAS: Primeiro sofista a vender seus ensinamentos na forma de aulas de retórica.

Questionavam:

A religião, a supremacia da cultura grega e a moral.

Colocavam em questão todas as “verdades” aceitas pela sociedade da época.

Afirmavam que tudo podia ser contestado.


"O homem é a medida de todas as coisas"

Teoria do contra-argumento:

Todo e qualquer argumento pode ser refutado por outro argumento.

Não é o ser humano quem tem de se moldar a padrões externos a si, que sejam impostos por qualquer coisa que não seja o próprio ser humano, e sim o próprio ser humano deve moldar-se segundo a sua liberdade.

Convencimento retórico:

A efetividade de um argumento reside na verossimilhança (aparência de verdadeiro, mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada platéia.


Foram considerados os primeiros advogados do mundo

Cobravam de seus clientes para efetuar o argumento de suas defesas.

Tinham uma alta capacidade de argumentação.


"O ponto de vista alheio":

Guardiões da democracia – aceitavam a relatividade da verdade.

Base da democracia moderna.


Górgias de Leontini:

O 'ser' não existie.

Mesmo que o 'ser' exista é impossível percebê-lo ou provar sua existência.

Mesmo isso fosse possível provar sua existência é impossível enunciá-lo, ou descrevê-lo de modo verdadeiro.

É impossível qualquer conhecimento sobre o 'ser'.


Moral, direito, religião

Relativismo prático.

Destruidor da moral.

Como é verdadeiro o que tal ao sentido, assim é bem o que satisfaz ao sentimento, ao impulso, à paixão de cada um em cada momento.

O único bem é o prazer:

Só é válido e verdadeiro o que é sensual, empírico, gnosiológico, hedonista e baseado no utilitarismo ético.

A única regra de conduta é o interesse particular.

Indiferença para com todo moralismo.

A meta num enunciado, seja científico ou discurso moral, ou ético é unicamente vencer, ou convencer seus interlocutores de sua veracidade.

Moral:

Empecilho que incomoda o homem.

Lei: fruto arbitrário, interessado, mortificador, uma pura convenção.

Natureza: tão mutável conforme os tempos e os lugares, bem como a sua utilidade

Para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.

A realização da humanidade perfeita não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito.

Direito e religião:

O direito natural é o direito do mais poderoso, pois em uma sociedade em que estão em jogo apenas forças brutas, a força e a violência podem ser o único elemento organizador, o único sistema jurídico admissível.