terça-feira, 29 de outubro de 2013

Caio Prado Júnior.







         Apesar de não ser sociólogo, Caio Prado pensou, também, sobre a situação social em que se encontrava.  



                           O primeiro a nacionalizar o marxismo. 
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    Foi o primeiro a usar o método marxista do materialismo histórico para analisar a condição brasileira.
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     Não vê o marxismo como um conjunto de fórmulas prontas com uma validade universal, mas o vê muito mais como uma abordagem.
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      Lida com fatos em termos de relações, processos e estruturas, localiza e explica desigualdades, diversidadese contradições sociais.
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    Sua "redescoberta do Brasil" foi mais radical do que a de Gilberto Freyre e a de Sérgio Buarque de Holanda. Ele representaria o "Bem", ao lado de S. B. de Holanda, contra o "Mal", representado por Gilberto Freyre, na análise comparativa feita pelos historiadores paulistas.
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     "Redescobrir o Brasil" significa ver que ao lado da elite existe a grande massa da população brasileira e, nesta "face oculta", reside o verdadeiro Brasil.

 




       Além da entrada na 2ª Guerra Mundial e a ditadura do Estado Novo, de Vargas, a realidade socioeconômica era:
  • Industrialização lenta e pouco desenvolvida.
  • sociedade ainda ruralizada.
  • atraso na educação.
  • fortes traços herdados da colônia.
 


Ao lançar o seu livro  Formação do Brasil Contemporâneo  (1942), Caio Prado Júnior tentou responder a uma pergunta muito comum da época: por que o Brasil se encontrava daquela forma, sem força econômica e sem uma boa qualidade de vida? 

Causas do não desenvolvimento brasileiro:
 
Para o autor, o não desenvolvimento brasileiro fazia parte de sua formação colonial; por três séculos, o País foi alvo de exploração portuguesa. As riquezas e os recursos brasileiros não ficavam aqui, eram captados pela metrópole e levados à Europa,  "para fornecer tabaco, açúcar, alguns outros gêneros; mais tarde, ouros e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu"
 
"uma síntese do Brasil que saía, já formado e constituído, dos três séculos de evolução colonial".
óptica econômica
o Brasil faz parte de um empreendimento maior - o contexto da expansão marítima portuguesa
o desenvolvimento da colônia (povoamento, atividades comerciais, agricultura) atendeu aos interesses da métrópole (Portugal).

o Brasil só se constitui "para fornecer tabaco, açúcar, alguns outros gêneros; mais tarde, ouros e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu".

Balanço negativos dos três séculos da colonização:

Tratou-se somente de uma "exploração extensiva e simplesmente especuladora, instável no tempo e no espaço, dos recursos naturais do país".
vasta empresa comercial, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu.

Formação econômica do povo brasileiro:

Se constitui para trabalhar a baixo custo para fornecer matéria prima para a metrópole.
Um povo que não precisa estudar, pensar nem enrriquecer.
Continuidade de sentido entre o passado colonial e o tempo contemporâneo.
Sentido histórico do Brasil: a produção de capital externo.
Todas as modificações pelas quais o Brasil passara até a década de 1940 e estava passando eram superficiais.
Jamais abandonou sua posição de colônia.