Filme 1 - Dancem Macacos Dancem. - O objetivo desse vídeo é levá-los a entender como a razão, a ciência, encara a humanidade, sem mitos, sem preconceitos.
Filme 2 - Os Deuses Devem Estar Loucos - Neste trecho do filme somos levados a contestas os benefícios do avanço civilizatório e tecnologico, bem como se isso nos faz melhores ou mais felizes do que os povos que não desfrutam das mesmas condições que a nossa civilização. Assistam até 12:35 min, a partir daí é só entretenimento.
Filme 3 - O terceito filme se chama "Ilha das Flores", um documentário brasileiro, de 1989. Este vídeo visa nos levar a contestar o que é responsável por diferenciar os homens nas sociedade atual. Ou seja, quais as causas da desigualdade e quanto somos solidários.
Tarefa:
Faça uma redação comparando os conteúdos apresentados nos vídeos em sala de aula com as teorias do pensador Rousseau. Mínimo de dez linhas. Entregar quarta-feira, 10/04, manuscrito. O trabalho valerá dois pontos para as disciplinas de filosofia e sociologia.
O pensamento de Jean Jacques Rousseau.
Liberdade natural
Para Rousseau,
a liberdade natural caracteriza-se por ações tomadas pelo indivíduo com o
objetivo de satisfazer seus instintos, isto é, com o objetivo de satisfazer
suas necessidades. O homem neste estado de natureza desconsidera as
consequências de suas ações para com os demais, ou seja, não tem a vontade e
nem a obrigação de manter o vínculo das relações sociais. Outra característica
é a sua total liberdade, desde que tenha forças para colocá-la em prática,
obtendo as satisfações de suas necessidades, moldando a natureza. “O homem
realmente livre faz tudo que lhe agrada e convém, basta apenas deter os meios e
adquirir força suficiente para realizar os seus desejos.”(SAHD,2005, p. 101)
Ao perder uma
disputa com outros indivíduos o sujeito não consegue exercer a sua liberdade,
uma vez que a liberdade nesse estágio se estabelece a partir da correlação de
forças entre os indivíduos. Não há regras, instituições ou costumes que se
sobrepõem às vontades individuais para a manutenção do “bem coletivo”. Contudo,
na concepção de Rousseau, o homem selvagem viveria isolado e por isso, não faz
sentido pensar em um bem coletivo. Também não haveria tendência ao conflito
entre os indivíduos isolados quando se encontrassem, pois seus simples desejos
(necessidades) seriam satisfeitas com pouco esforço, devido à relação de
comunhão com a natureza. O isolamento entre os indivíduos só era quebrado para
fins de reprodução, pois sendo auto-suficientes não tinham outra necessidade
para viverem em agrupamentos humanos. Foi a partir do isolamento que o homem
adquiriu qualidades como amor de si mesmo e a piedade.
Vale ressaltar
que, para Rousseau, o homem se completa com a natureza , portanto não é um
estado a ser superado, como Locke e Hobbes acreditavam. Rousseau em o Discurso
sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, afirma que “a
maioria de nossos males é obra nossa e (…) os teríamos evitado quase todos
conservando a maneira de viver simples, uniforme e solitária que nos era
prescrita pela natureza” (ROUSSEAU apud LEOPOLDI , 2002, p. 160 )
A consciência
no estado selvagem não estabelece distinção entre bem ou mal, uma vez que tal
distinção é característica do indivíduo da sociedade civil. Para Rousseau, o
que faz o indivíduo em estado de natureza parecer bom é, justamente, o fato de
conseguir satisfazer suas necessidades sem estabelecer conflitos com outros
indivíduos, sem escravizar e não sentindo vontade de impor a sua força a outros
para sobreviver e ser feliz.
Transição do estado de natureza
para o estado civil
A transição do
estado de natureza para a ordem civil transforma a liberdade do sujeito,
ocorrendo durante um período de “guerra de todos contra todos” que se iniciou
com o estabelecimento da propriedade privada e da ausência de instituições
políticas e de regras que impedissem a exploração entre as pessoas. Não havia
cidadania neste período pré-social (esse período, existente antes do contrato
social, se caracterizava por uma vida comum de disputas pela propriedade e pela
riqueza). Para evitar as desigualdades, advindas da propriedade privada e do
poder que devido a ela as pessoas (ricos proprietários) passam a exercer sobre
outras pessoas (pequenos proprietários e despossuídos), é firmado o contrato
social.
Na transição
para a vida em sociedade Rousseau é claro em escrever que: “O que o homem perde
pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto
aventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdade civil e a
propriedade de tudo o que possui.” (ROUSSEAU, 1978, p. 36)
Esta perda
representa não apenas o desenvolvimento de faculdades racionais e emocionais do
indivíduo como também abre os precedentes para toda a violação da liberdade, da
segurança e da igualdade entre os sujeitos em coletividade.
As principais
decorrências do estabelecimento da vida comunitária, segundo Rousseau, se dão
tanto no desenvolvimento (da consciência, da afetividade e dos desejos) de cada
indivíduo quanto nas novas organizações e ações que se impõem aos sujeitos com
advento da vida em sociedade. No que tange ao indivíduo a sua forma de viver é
alterada quando a vida coletiva potencializa as suas capacidades intelectuais.
Para Rousseau, isso ocorre tanto como causa quanto como efeito do contrato
social; os indivíduos têm de ter uma consciência e um amor não apenas de si,
como outrora, como também devem pensar nas consequências de seus atos em
relação a outros indivíduos e reconhecer a necessidade da convivência com estes
outros indivíduos.
Em suma o que
aparece no Contrato Social como pensamento racional-moral diz respeito às
capacidades de compreensão (sensorial e lógica), de formulação racional, de
ação (individual e coletiva) e de comunicação dos sujeitos que exercem tais
faculdades nas suas relações dentro da ordem civil. A própria ordem civil seria
inviável se os sujeitos não possuíssem tais capacidades cognitivas e afetivas
e, assim não haveria como estabelecer o contrato social se os indivíduos
permanecessem apenas centrados no amor próprio e agindo de forma irrestrita na
satisfação de suas necessidades . Se bem que neste ponto o argumento
rousseauniano não é totalmente claro quanto às causas e aos efeitos, pois ao
mesmo tempo em que é preciso que o homem abandone alguns de seus instintos
naturais e aprenda a limitar a sua liberdade em função da sua necessidade do
outro, somente a vida em sociedade permite o desenvolvimento de tais
capacidades.Ele buscava a liberdade e a igualdade.
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